🫀😳 O primeiro remedinho de pressão a gente nunca esquece
Bem, amigos. É oficial: sou hipertensa. Para efeitos de registro, isso se deu na semana passada, uma sexta-feira comum, sob a assinatura de um cardiologista do convênio, aos meus 45 anos, três meses e alguns dias. Essa é minha segunda doença crônica.
Já convivo com um hipoteoidismo de hashimoto que até outro dia era subclínico — herança da minha mãe — e que usei como justificativa infundada para minha dificuldade de perder os 4 kg de sempre estacionados no meu quadril.
A médica da tireoide disse, na ocasião, que a minha alteração hormonal de TSH era pequena demais para justificar ganho de peso. O problema sou eu: o vinho, o docinho pós-almoço e as justificativas empilhadas a respeito da academia cabulada.
Fato é que nem estou perto dos 50 e já coleciono duas mini-doenças crônicas: uma metabólica e uma cardiológica. Ambas de fundo hereditário? Sim. Tô aborrecida? Sim também.
Enquanto olhava a receita de olmesartana medoxomila 40 mg 1x ao dia, escrita à mão porque no dia da consulta faltou luz — sintomático, fim dos tempos? — fiquei pensando: será que eu poderia ter feito algo diferente? Sim: não gostar de bacon.
Fragilidade e você: tudo a ver
Minha família, do lado do meu pai, tem vários BOs cardíacos. Uma tia queridíssima faleceu supercedo, por conta disso. Meu pai vive acompanhando arritmias, hipertensões e afins. Meu irmão também. Por que eu escaparia?
Agora é incorporar o remedinho após a rotina de skin care e vida que segue. Tomo esse da pressão depois do syntroid, que é um medicamento egocêntrico/narcisista e demanda 30 minutos de jejum exclusivo pós-ingestão.
Sair de uma consulta com essa prescrição médica teve dois efeitos.
Por um lado, pensei: “é disso que eu vou morrer", como se tivesse inaugurado a temporada de fragilidades do envelhecimento sobre as quais falo tanto aqui. Por outro, me senti feliz e uma adulta funcional finalmente atacando um sintoma que não é de hoje.
O primeiro médico que notou minha pressão alta foi meu ginecologista, há dois anos, que atribuiu os números à “síndrome do jaleco branco", aquele medinho que a gente sente na hora de ser examinada e dispara o coração. Mesmo medo de quando você vai passar o cartão e fica esperando aparecer TRANSAÇÃO APROVADA na maquininha.
Ter consciência das próprias fragilidades e da consequente finitude não é exatamente a melhor das sensações. Mas vai por mim: quando antes, melhor.
De treco a gente não morre
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 1,28 bilhão de adultos (30–79 anos) têm hipertensão. Desse total, dois terços estão em países de baixa e média renda. Mais: apenas 42 % são diagnosticados e tratados, e apenas 21 % mantêm pressão controlada.
No Brasil, cerca de 50 % das pessoas com hipertensão desconhecem o diagnóstico. Entre quem conhece, só 30 % mantêm a pressão controlada, de acordo com o Ministério da Saúde. Tem um artigo do Incor sobre isso.
Apesar de você, minha querida hipertensão, Amanhã há de ser/ Outro diaaaa. Apocalipse à parte, sabemos que o diagnóstico precoce e os avanços nas medicações estão diretamente ligados ao aumento da expectativa de vida global. Se comportando direitinho, com atividade física, menos bacon e pouca bebida alcoólica…
… de treco a gente não morre.
Por que você deve fazer um curso sobre envelhecimento
A primeira vez que ouvi falar em "Fragilidades e Dependências” foi no curso O Envelhecimento na Perspectiva da Gerontologia Social, do Portal do Envelhecimento.
Idealizado pelo Portal do Envelhecimento, que tem como CEO e Fundadora a jornalista e pesquisadora Beltrina Corte — certamente uma das pessoas mais capacitadas para falar desse assunto na América Latina — o curso rola apenas uma vez ao ano e está com vagas abertas.
Agora a melhor notícia: quem lê Maturidades tem 25% de desconto usando o cupom MATURIDADES25. De R$ 1.154,90, você pode pagar R$ 866,17 (e ainda dá para parcelar esse valor no cartão).
Começa dia 9/8, aulas aos sábados, das 9h às 12h. Total: 45 horas.
Esse curso é para quem:
Deseja expandir horizontes sobre envelhecimento por meio de conceitos da Gerontologia Social;
Tem interesse em desenvolver pesquisas e trabalhos acadêmicos ligados ao tema, que por sua vez podem contribuir para a elaboração de políticas públicas;
Está lidando com os desafios do envelhecimento na família, no cuidado de pais, familiares ou cônjuges;
Pensa em empreender nessa área, desenvolvendo produtos e serviços ligados ao crescimento da população idosa no Brasil.
Já fiz esse curso mais de uma vez. Mudou a minha vida. Aulas são ao vivo e ficam gravadas, com a presença de profissionais multidisciplinares debatendo esse fenômento tão interessante que é a maturidade.
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Sobre mim
Sou Mariana Mello, jornalista especializada em Gerontologia (PUC-SP e Einstein) e idealizadora do Maturidades. Criei e dirijo também a Alma, estúdio de produção de conteúdo e projetos para marcas com ênfase no tema maturidade e envelhecimento.
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- 🧠 Curadoria e produção de conteúdo sobre envelhecimento a partir da nossa capacitação em Gerontologia, Gerontologia Social e comunicação;
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